quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cildo Meireles - projeto Cédula e projeto Coca-cola (1970)






Projeto cédula procurava popularizar o veículo da arte, ao ínvés da visitação à museus. A arte conceitual foi importante na modificação do espaço onde a arte se instala, e assim se deu o começo das instalações e artes performáticas. a pergunta é "Onde está a arte?" 

Música de John Cage para Marcel Duchamp



 
                                          http://www.youtube.com/watch?v=VdWS4g6Xv8k

Desvio para o vermelho - Cildo Meireles


Desde o fim da década de 1960, Cildo Meireles tem se afirmado como voz única na arte contemporânea, construindo uma obra impregnada pela linguagem internacional da arte conceitual, mas que dialoga de maneira pessoal com o legado poético do neconcretismo brasileiro de Lygia Clark e Hélio Oiticica.
Seu trabalho pioneiro no campo da arte da instalação prima pela diversidade de suportes, técnicas e materiais, apontando quase sempre para questões mais amplas, de natureza política e social. Neste sentido, Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos – concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984 e exibido em Inhotim em caráter permanente desde 2006. Formado por três ambientes articulados entre si, no primeiro deles (Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos “de maneira plausível mas improvável” por alguma idiossincrasia doméstica. Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a cor satura a matéria, se transformando em matéria. Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer uma seqüência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida.

Joseph Kosuth - Uma e três cadeiras (1965)


Segundo Kosuth " A expressão está na ideia e não na forma – as formas são apenas um artifício a serviço da ideia" , nesta obra ele questionava se uma forma de arte teria maior valor do que outra, e a importância da linguagem na arte.


Joseph Beuys - Como explicar quadros para um lebre morta (1965)

Na performance "Como explicar quadros à uma lebre morta", Joseph Beuys ficou circulando 3 horas por um museu, pintado de ouro conversando com uma lebre morta. A performance pretendia expressar ao público a necessidade de se compreender a arte tanto espiritual quanto intelectualmente.

Merda de artista - Piero Manzoni 1961




O artista Piero Manzoni fez 90 latas entituladas "Merda d'artista" que valiam seu peso em ouro, no qual afirmava ter fezes do mesmo. Esta obra significa a reação contra a industria cultural que se instalava na época, considerando a arte como mercadoria.

Sutiã TV para uma escultura viva - Charlotte Moorman e Nam June Paik


O coreano Nam June Paik influenciado por John Cage mistura música, ou anti-música à tradição Dadá e opera uma violenta (des)articulação de instrumentos musicais e televisores em concertos multimídia e performances e como o que realizou nesta apresentação em 1969 em uma galeria em Nova York.

Arte Conceitual


A arte conceitual surgiu na  década de 1960, como um desafio às classificações impostas à arte por museus e galerias. As galerias afirmavam categoricamente ao público: “Isto é arte.” Já a arte  conceitual  buscava questionar a própria natureza da arte, perguntando “O que é arte?”

 
A primeira referência  a “arte-conceito” foi feita pelo filósofo ativista antiarte Henry Flynt em 1961 mas o termo “arte conceitual” só foi usado no fim da década.


 
1967 Sol Lewitt escreveu um artigo intitulado “Parágrafos sobre a arte conceitual”, nesse texto  ele afirmava que a nova arte era uma inversão das práticas anteriores e que trazia o conceito para o primeiro plano, tornando a produção da própria arte algo secundário.

 
1970 faz-se a primeira exposição dedicada a arte conceitual no centro cultural de Nova Iorque.

 
A arte conceitual também era uma reação à arte considerada mercadoria. Criticando a produção em massa e o consumismo.
  

Ready-mades

A arte conceitual surgiu à partir dos  "Ready-mades" que são objetos encontrados, sem qualquer finalidade artística, que são considerados como objetos de arte segundo uma escolha do artista. Os primeiros ready-mades foram criados por Marcel Duchamp, representante do movimento surrealista.


Fontaine - A fonte (1917) é o mais famoso ready-made

Duchamp com " Roda de Bicicleta"

"Porta Garrafas"

Segundo Duchamp os objetos não eram escolhidos pelo seu caráter estético, e sim por uma "estética da indiferença", esta escolha visava uma indiferença visual do observador.